terça-feira, janeiro 30, 2007

Ah pois é...

Ao viver num país que só se indigna quando as coisas não funcionam ou não correm bem, não deixa de ser engraçado ver reportagens na TV a limpar a imagem da marinha, apenas porque ha umas semanas atrás toda a gente os criticava e apontava o dedo.

É claro que quando tudo corre bem não é necessário noticiar, não dá audiência!!

Felizmente os casos que correm mal são poucos....

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Sem margem para dúvidas...

Citando os grandes Gatos fedorentos :

"Fazer abortos em condições absoluta e completamente inpensáveis - SIM"

"Fazer abortos usando o Serviço Nacional de Saúde com todas as condições necessárias - NÃO"


Contra factos não ha margem para argumentos!!!

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Desabafos...

Vivemos numa cidade hipócrita e cínica,
em que cada um puxa a brasa à sua sardinha,
mantendo uma fachada para cada situação,
sempre com o intuito de sacar o máximo aos outros,
sempre em proveito próprio,
apoio a ideias retrogadas em nome de um deus qualquer,
mas é so fachada, pois as atitudes correctas,
ficam entre as paredes de uma igreja qualquer,
na rua que vença o melhor, venha a nós e os outros que se lixem,
personalidades contra o aborto,
personalidades a favor,
mas quando toca a todos,
é o dinheiro que fala mais alto,
não olham a meios e se tiverem que faze-lo, fazem-no,
porque podem,
porque querem,
porque estão acima das leis,
essas leis que só se aplicam ao pobre e desfavorecido,
ao que trabalha de sol a sol para ter o que comer,
todos se queixam,
uns porque correm o risco de perder as regalias que usufruiram durante toda a vida,
segurança no emprego,
impossibilidade de ser despedido,
precaridade no desemprego? irrealidade ou utopia?,
coisa de pobres,
coisa de quem não tem cunhas ou padrinhos,
coisa de quem tem que se submeter aos designios e despotismo de um patrão qualquer,
que se julga o rei deste e de outro mundo,
que manieta e joga com a vida de quem para ele trabalha,
sem pudores,
sem problemas de consciência,
sempre o lucro como primeira prioridade,
se hoje forem 100 para a rua,
se amanhã forem 200,
o que interessa é o lucro,
acumular riqueza,
sem respeito nem preconceito,
abuso sobre os direitos de cada um,
abuso sobre crianças ingénuas e desprotegidas,
uns por incapacidade de entender,
outros porque sempre viveram assim e cresceram assim,
comportamentos e costumes que deviam mudar,
mas que são aceites como normais,
a não ser que apareçam na tv, mediatizados,
com manifestações de repudio,
manifestações de apoio,
dividem-se as opiniões,
divide-se o povinho,
enquanto pensam no que matou ou abusou,
não olham para a conta bancária,
não se lembram que têm fome,
que têm frio,
que por mais que se esforçem,
só os grandes é que engordam a olhos vistos,
uma vez pobre, sempre pobre..............

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Hipocrisia...

Dois posts num só dia, pensam vocês?!

Sim, teve que ser, principalmente quando estamos praticamente a um mês do referendo para a descriminalização do aborto.

Antes de mais quero deixar bem claro que sou contra o aborto.

Dito isto, gostaria de chamar a atenção para o facto do referêndo não ter rigorosamente nada a ver com o facto de fazer ou não abortos.

Aos olhos da opinião pública mais incauta tudo parece indicar que sim, a questão em cima da mesa é permitir ou não fazer abortos.

Mas infelizmente essa não é a questão fundamental, a questão fundamental é permitir quem não tem a possibilidade de ir faze-los noutros paises ou em clínicas privadas altamente equipadas, que os possam fazer com um mínimo de cuidado de saúde indispensável.

Sim, a questão é mesmo essa, permitir ou não, que uma pessoa comum, que possua um fraco rendimento, possa usar o sistema de saúde portugues para realizar a paragem de uma gravidez.

Porque quer queiram quer não, quem tem dinheiro sempre abortou, aborta e abortará e não ha nada que possa mudar isso.

Resumindo, sou contra mas vou votar a favor, tudo o que possibilite fechar clínicas ilegais e evitar que pessoas sem um mínimo de conhecimentos ou capacidades técnicas continuem a prejudicar e a colocar em risco a vida de quem se sujeita a esse tipo de práticas.

A consciência de tais actos fica com quem os comete, para mim já é dificil ter que lidar com a minha própria consciência.

Deixem de se deixar iludir com campanhas hipócritas e abram os olhos para o verdeiro problema....

Decência...

Num país em tumultuosa mudança, em que todos os dias assistimos a coisas a fechar e coisas a mudar, umas para melhor outras para pior, 90% dos casos para pior, não posso deixar de indignar-me com o encerramento dos SAP.

À pois é, muitos deles vão encerrar, em nome de cortes orçamentais e outros que tais, a bem da baixa do défice.

Fecham-se serviços que sempre tiveram um papel fundamental durante a sua existência na ajuda às populações, facilitando o acesso aos cuidados de saúde e evitando na grande maioria das vezes o aumento da propagação das doenças e ajudando a descongestionar as urgências dos hospitais.

Mas claro, como a culpa do défice é nossa, nós que trabalhamos de sol a sol para conseguirmos pagar todos os impostos e suportar todos os aumentos e mais alguns, sejam estes decretados pelo governo, sejam decretados pela UE.

Sim porque do ministro que não fez nada enquanto ministro, ou em casos extremos, ainda fez pior do que se não tivesse feito nada, esse não tem culpa rigorosamente nenhuma.

Claro que agora, em nome da baixa radical do défice, vamos todos passar 6 ou 7 horas nos bancos das urgências até sermos atendidos e como bonus ainda trazemos uma ou duas novas doenças para alegrar as nossas existências.

Fecham-se os SAP mas aumentar o número de efectivos nas urgências dos hospitais, tá quieto oh abelha, não se pode porque seria aumentar os custos e não podemos faze-lo a bem da baixa do défice.

Assim, só me resta esperar não ficar doente nos próximos tempos e deixar os cuidados de saúde para quem realmente precisa.

Começo seriamente a pensar se não seria melhor abrirmos falência e vender o país em asta pública.

Não sei, é uma ideia....