segunda-feira, dezembro 10, 2007

Os novos traficantes...

Levando em linha de conta as novas regras a aplicar já no início de 2008 por parte da ASAE, passo a transcrever algumas das mais brilhantes :

"Nas esplanadas, a partir de Janeiro, é proibido beber café em chávenas de louça, ou vinho, águas, refrigerantes e cerveja em copos de vidro. Tem de ser em copos de plástico."

"Embrulhar castanhas assadas em papel de jornal? Proibido."

"Trazer da terra, na estação, cerejas e morangos? Proibido."

"Usar, na mesa do restaurante, um galheteiro para o azeite e o vinagre é proibido."

"Vender bolos, empadas, rissóis, merendas e croquetes caseiros é proibido. Só industriais."

"Na cozinha, tem de haver uma faca de cor diferente para cada género."

"Cada vez que se corta uma fatia de fiambre ou de queijo para uma sanduíche, tem de se colar uma etiqueta e inscrever a data e a hora dessa operação."

"Não se pode guardar pão para, ao fim de vários dias, fazer torradas ou açorda."

"Flores naturais nas mesas ou no balcão? Proibido. Têm de ser de plástico, papel ou tecido."

"As temperaturas do ambiente, no café, têm de ser medidas duas vezes por dia e devidamente registadas."

"O dono do restaurante vai de vez em quando abastecer-se aos mercados e leva o seu próprio carro para transportar uns queijos, uns pacotes de leite e uns ovos? Proibido. Tem de ser em carros refrigerados."

Enfim, é "fartar vilanagem!!!".

Já estou a ver o tráfico que por ai vem. É esconder em armários falsos os croquetes e rissóis, o presunto e o chouriço caseiro.

Na rua em lugar de "chamon", que como é do conhecimento publico é mais facil de adquirir que o tabaco normal, já que as policias só se preocupam com os ditos "grandes", aqueles que fazem noticia nos jornais e tvs, passamos a poder comprar Bolo Rei, mas do genuíno, com fava e brinde ou quem sabe uns pastéis de bacalhau ou uma açordazinha de marisco, tudo começa a ser válido no contrabando.

Ou como já fazem os narco-traficantes, portas de ferro blindadas com umas aberturas pequenas para passar a dose de rissol ou de pastel de batata doce.

Enfim, identidade cultural para quê?

Depois do último exemplo de educação do nosso Primeiro Ministro, que deixa de cumprimentar o colega para ir lamber a mão de um bife qualquer, já podemos esperar de tudo neste país.